As expectativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) continuam caindo ladeira abaixo. Acendendo assim um sinal de alerta à equipe econômica do governo.
Se na pesquisa Focus da semana passada a situação do Brasil não era tranquila e nem favorável, o que dirá agora com as novas perspectivas divulgadas nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central.
A revisão feita pelos economistas da previsão de alta do PIB foi de 0,80% para 0, 70%. Essa é a oitava semana consecutiva que o mercado prevê a retração da atividade.
A queda vertiginosa do PIB somada a delação do ex-diretor da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, envolvendo em cheio o mais alto escalão do Congresso – inclusive o presidente da república , Michel Temer – são motivos suficientes para que o governo apresse o pacote de medidas microeconômicas para aliviar a tensão política e econômica do país.
As ações deverão ser anunciadas nesta quarta-feira (14) e o mentor deste plano será o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Masueto Almeida.
Entre as medidas esperadas estão a flexibilização das leis trabalhistas, para permitir que acordos coletivos prevaleçam sobre a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), e a permissão para saque do FGTS para pagamento de dívidas.
Inflação
Nesta semana, a previsão dos analistas do mercado financeiro para a inflação deste ano se aproximou do teto do sistema de metas – de 6,5%.
De acordo com a Focus, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) recuou de 6,69% para 6,52%.
Na prática, se o índice de dezembro for até 0,5%, a inflação ficará dentro da meta e o Banco Central não precisará enviar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do estouro da meta.
Para fins de comparação, em dezembro do ano passado, a inflação foi de 0,96%.
Para 2017, a expectativa do mercado para a inflação encolheu de 4,93% para 4,90%. O índice está abaixo do novo teto do sistema de metas que valerá a partir do ano que vem – de 6% ao ano -, mas ainda acima da meta central de inflação – de 4,5%.
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