A variação de preço da ação da Petrorio tem chamado a atenção. Se em 2017 os papéis da empresa eram negociados a R$ 36,95, em janeiro deste ano eles chegaram a valer R$ 112.
E quem disse que parou por aí? O sobe e desce de PRIO3 continuou. Agora, o preço atual é de R$ 69 por ação – o que pode parecer alto para alguns investidores. No entanto, algumas variáveis melhoraram substancialmente desde que os papéis da empresa foram negociados por esse mesmo valor em dezembro de 2017.
- Preço do petróleo
A Petrorio – assim como todas as empresas de extração de petróleo – vende seu produto de acordo com o preço estabelecido no mercado internacional. Um aumento do valor do óleo implica maior receita líquida e, consequentemente, maiores lucros para a companhia.
De dezembro até agora, o preço do petróleo já subiu quase 20% – passando de R$ 63,60 para R$ 75,50.
- Novo poço produtor
Uma vez que não controla o preço do seu produto, um alternativa para que as empresas dessa área tenham lucros maiores é a partir do aumento da receita.
Na semana passada, a Petrorio divulgou Fato Relevante em que comunica a presença de óleo no novo poço perfurado no Campo de Polvo – POL-H. Segundo a companhia, “a vazão inicial aferida, e que teve como base a estabilização da produção, é de aproximadamente 2.600 barris por dia, um aumento de 35% na produção total de Campo no primeiro mês”.
- Recompra de ações
O mercado de ações é, por construção, de informação imperfeita. A diretoria e o conselho de administração de qualquer corporação têm mais dados sobre a situação do negócio do que seus acionistas.
No entanto, algumas decisões das empresas podem diminuir essa assimetria de informação. Entre elas, a recompra de ações. Quando a companhia utiliza o caixa disponível para comprar seus próprios papéis, é sinal de que a diretoria e o conselho de administração confiam nos seus resultados futuros e entendem que o preço atual está abaixo do justo.
Foi o que fez a Petrorio. A petroleira aumentou em quase 40% o número de ações detidas da tesouraria – chegando a quase 8% do total de papéis da companhia.
Definir quando um ativo está caro ou barato é uma tarefa ingrata. Não há certezas no mercado de ações. Mas podemos afirmar que a Petrorio é hoje uma ação mais barata do que há sete meses, considerando a situação e as perspectivas atuais.
Parabéns pelos comentários e ensinamentos. E sobre a JHSF3?
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Obrigado Aloir!
Nos últimos seis trimestres a empresa apresentou prejuízo.
Mesmo que haja uma perspectiva de melhoras nos resultados, o risco deste tipo de empresa é muito maior.
Minha estratégia de investimento passa por comprar ações de empresas lucrativas não devidamente precificadas.
Abraço.
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KB boa noite,
Qual o “múltiplo” interessante neste case? Ou no case qgep? Estou acompanhando as empresas de petróleo… E só o preço x custos de produção de petróleo já justificam a entrada nestes ativos?
Sucesso, saúde e felicidades.
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Oi Santiago,
Acho que ao olharmos exclusivamente múltiplos atuais, a empresa não parece uma pechincha.
No caso da Petrorio, o atrativo maior é potencial de crescimento da empresa, considerando os novos poços e possíveis novas aquisições com o caixa deles.
Como boa parte dos custos da empresas são fixos, um aumento de produção tem impacto grande nas margens e nos lucros da empresa.
Sobre a QGEP3, eu vi que o Campo de Atlanta já está produtivo, mas ainda não li as demonstrações para formar uma opinião sobre a empresa.
Abraço.
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KB, Qual sua opinião sobre a Log In (LOGN3) a empresa é basicamente uma turnaround em processo de recuperação, os ânimos se reanimaram com o último resultado pois os prejuízos estão diminuindo e talvez aja uma ”luz no fim do túnel”, além disso um dos maiores fundos do BR (Alaska) está se posicionando fortemente no papel (detém mais de 30% e não para de comprar), estudou o case? o que acha? Estou me formando em COMEX e o sistema de logística intermodal que é um dos serviços que a empresa oferece tem MUITO futuro, pois permite economia, melhor aproveitamento de cada modal e a mescla de 2 modais ou mais de transporte, abraço!
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Oi GCN,
Legal saber que o Alaska está se posicionando em LOGN3. Depois do sucesso com Magazine Luiza, o interesse sobre os próximos passos dele cresceu e com razão.
Para ser sincero, eu não conheço o caso da empresa. O que me assusta um pouco é que não tem dado lucro e tem patrimônio líquido negativo de R$ 350 milhões e dívida de R$ 1,2 bilhão, com valor de mercado de R$ 85 milhões.
Por mais que ela tenha bastante potencial num possível turnaround, eu considero que tem muito mais risco envolvido do que a Unipar, por exemplo, ou a própria Magazine Luiza na época que não viviam um situação tão ruim.
Na minha estratégia de investimento, eu prefiro ficar de fora. Talvez quando as coisas começarem a melhorar, eu considere novamente.
Abraço.
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Como sempre uma ótima análise. Gostaria de saber sobre a Egie3, vc acha que com esse investimento em energia limpa a empresa tende a ter um bom crescimento a longo prazo ?
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Obrigado Caio!
Olhando exclusivamente para os números da empresa, ela apresenta boas margens,dívida sob controle, lucro crescente e não parece cara. Mas, para dar uma opinião sobre crescimento de longo prazo, eu precisaria conhecer o projetos de expansão da companhia. Por enquanto não conheço.
Abraço.
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KB, como vai? Continuo com PRIO, um pouco arrependido de não ter vendido após bater os R$ 100. Acabei garantindo algum lucro vendendo parte por 75 e “diversifiquei” o portfólio de petroleiras comprando QGEP3, a qual entendo ter bons fundamentos. Suas análises se destacam na finansfera, agradeço por manter o site atualizado. Abraço do DM!
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Oi DM,
A volatilidade foi grande nos últimos tempos. Dava para ganhar ou perder muito dinheiro.
Eu também entendo que Queiroz Galvão parece uma opção interessante no setor. Pretendo estudar melhor o caso.
Abraço.
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Parabéns mais uma vez pela análise de um Peter Lynch. Gratidão
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Obrigado Clair!
Abraço.
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