usina eólica

O planejamento estratégico da Ferbasa tem sido cumprido. Pela primeira vez, os resultados divulgados pela única produtora de ferrocromo das Américas incluem os números da BW Guirapá – holding dona de sete parques eólicos na Bahia comprada neste ano pela empresa.

A aquisição faz parte da nova meta da Ferbasa de tornar-se globalmente competitiva em ferroligas, minério de cromo e energia renovável. Foi o que disse o gerente de Relações com Investidores da empresa, Carlos Henrique Temporal, em entrevista exclusiva ao KB.

Com a aquisição da BW Guirapá, o caixa da Ferbasa diminuiu de R$ 301 milhões para R$179 milhões no segundo trimestre e a dívida bruta da companhia atingiu um terço do patrimônio líquido de R$ 1,62 bilhão. A empresa ainda assumiu o financiamento da holding com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e – consequentemente – aumentou sua despesa financeira. No entanto, a Ferbasa garante no longo prazo o fornecimento da energia elétrica, um dos principais componentes do custo de produção das ferroligas.

dólar

O lucro bruto de R$ 130 milhões – o maior em quase uma década – foi mais um dos itens que destacamos dos resultados divulgados pela empresa.  Com o nível do dólar atual e o Boletim da Ferbasa apontando para a maior receita líquida mensal dos últimos doze meses, a tendência é que o resultado venha ainda melhor no terceiro trimestre. 

 

Você pode consultar o CNPJ da Ferbasa e de outras empresas listadas na B3 no site Informe de Rendimentos

 

 

10 pensamentos

    1. Oi Caio,

      Em geral, acho bastante válida essa preocupação.
      No caso específico da Ferbasa, tive a oportunidade de questionar o Carlos Temporal, gerente de RI da empresa, sobre o tema e a resposta me pareceu bastante convincente.
      A controladora que detém a maioria das ordinárias é uma fundação que depende dos dividendos para financiar suas atividades. Portanto, não há a intenção de vendê-las.
      A entrevista completa está no site:
      https://kbinvestimentos.com.br/2017/06/08/kb-investimentos-entrevista-ferbasa/

      Abraço.

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  1. Bom dia KB!! Fiquei surpreso e um tanto revoltado com a decisão da LATAM de fechar o capital da Multiplus, empresa no mais alto nível de governança na B3. Sacanagem por parte também do que o RI da Multiplus divulgou no último ano, vide Twitter do Felipe Pontes no seu portal à esquerda. Pior que fizeram de tal forma que não terá jeito, eu acho, de não aceitar a proposta de R$27,22. Parecem bonzinhos em oferecer valor superior ao de mercado, mas na verdade propuseram fechar o capital em um mínima quase que histórica. Ainda assim vejo risco da operação não ser realizada a R$27,22, não pelos minoritários não aceitarem, mas sim, pela avaliação do valor da ação feita pelo Credit Suisse. Pode ocorrer da avaliação ficar muito abaixo dos R$27,22 caso considerem a não renovação do contrato e aí a LATAM poderia suspender a oferta. Ocorrendo tal cenário haveria um derretimento das ações e aí um nova oferta a preços desastrosos poderia ser feita pela LATAM. Claro que poderia, eventualmente, a análise do Credit Suisse ser um pouco superior e uma nova oferta acima dos R$27,22 traria menos perdas aos acionistas minoritários. Gostaria de saber sua opinião em duas opções para nós minoritários: (i) sair agora a preço de mercado, no preço por volta de R$25,10, ou (ii) aguardar os desdobramentos da OPA. Se tiver outra opção, por favor, pode comentar.

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  2. Boa noite KB. de fato esse livro é excelente. O autor mostra que essas com baixo P/L que pagam bastante dividendos acabam superando em termos de retorno as de crescimento no longo prazo por diversas razões. Não querendo abusar, gostaria ainda da sua opinião sobre 2 ações, sendo que uma delas se não me falha a memória você havia comentado, preferindo aguardar o desfecho com a CEF. Recentemente houve certo alinhamento com a CEF. Trata-se da WIZS3. A meu ver a ação não retorna mais aos valores de 1 ano atrás (acima de 20), ou seja, o acordo não foi favorável, talvez não desastroso, mas prejudicou a empresa. Também nos preços atuais me parece barata. A outra é a VULC3. Empresa que vinha bem mal, mas que pelo que noto está seguindo o caminho da GRND3, liquidou dívida e já está no azul. Se de fato for isso, seguir uma gestão do tipo GRND3, seria um momento oportuno de entrada agora, visto o baixo P/L. Muito obrigado

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    1. Oi Ivan,

      Depois do que aconteceu com a Wiz, eu fico com pé atrás em investir nela. Também acho pouco provável que volte ao valor inicial.
      A Vulcabrás me parece uma ação barata ao preço atual. Segundo a empresa, parte do resultado pior no trimestre se deve à greve dos caminhoneiros. Acho que é uma boa opção no setor caso a economia retome o crescimento.

      Abraço.

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  3. Bom dia KB!! Continuo firme com a FESA4, certo receio com Tag along, mas como em seus próprios comentários, esse risco é minimizado pelo controlador que não tem interesse algum de se desfazer do controle. A meu ver, embora essa dívida e fluxo de pagamentos para dívida, a empresa está melhor do que antes de adquirir a eólica, ou seja, as ações estão ainda mais descontadas. Obs.: Andei lendo o livro investindo em ações no longo prazo de um autor americano. Acho que a estratégia de comprar ações com P/L baixo que pagam bastante dividendos, de empresas lucrativas é o que dá melhor retorno. Não entendo, porque a preferência das pessoas de comprar RADL, WEGE, ODPV, ABEV…. com P/L acima da lua! Tem que crescer continuamente de forma absurda para retornar mais que uma Renda Fixa. Será que não estou enxergando algo?

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    1. Bom dia Ivan,

      Esse livro do Jeremy Siegel é, sem dúvidas, um dos melhores sobre ações que já li. Apesar de analisar o mercado norte americano, muitas ideias e conclusões do livro se aplicam no Brasil.
      A Ferbasa se encaixa bem nessa estratégia mais conservadora.
      Ao comprar ações tão caras como as que você citou, o investidor espera um crescimento que mais do que compense esses múltiplos esticados. O risco é maior e falta a tão importante margem de segurança. É preciso muita confiança para fazer isso. Eu prefiro não investir nessas empresas.

      Abraço.

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