Banco Central: “para este ano a minha meta é 4,5%”. E, pelas expectativas dos economistas do mercado financeiro, o índice será alcançado. Os dados divulgados nesta segunda-feira (9) no boletim Focus sinalizam para uma redução da inflação de 4,87% para 4,81% neste ano.
A princípio, a queda esperada na inflação pode ser vista como boa notícia. O índice alto diminui rapidamente o poder de compra dos salários.
Por outro lado, esse dado reflete o agravamento da crise com a queda do consumo e do investimento. Não à toa, os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central mantiveram as projeções de aumento de 0,50% do PIB (Produto Interno Bruto), mesmo índice da semana passada.
As mudanças na política de concessão de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), anunciadas na última quinta-feira (5) e consideradas positivas pelo mercado, contribuíram para estacionar a queda das expectativas do PIB. Destacamos:
- Oferecimento de crédito para capital de giro diretamente às empresas. Com a redução de oferta de financiamento do sistema bancário, tal medida deve aliviar o caixa das empresas;
- Horizontalizar a concessão de crédito, ao invés de privilegiar setores específicos. É o fim da política de “campeões nacionais”;
- Estabelecimento de metas, como aumento da produtividade ou geração de emprego, antes do financiamento de cada projeto. O banco terá que reportar o impacto de suas ações para a sociedade.
Juros Selic
Nesta quarta-feira (11), o BC anunciará a decisão sobre a taxa básica de juros – Selic. As expectativas do mercado se dividem entre queda de 0,5% ou de 0,75%.
Acreditamos que o Banco Central será mais conservador (-0,5%), dado que as expectativas de inflação, apesar de continuarem caindo, ainda estão acima da meta para 2017. Veremos!